firrrma
pronto, agora já foi. exame médico. auxílio médico. plano odontológico. políticas da empresa. apresentações de rh. rh. pausa para o lanche (!). assinatura de contrato. regras de confidencialidade. um parto de 5 horas. e eu, a partir de hoje, faço parte da firma.
olhando agora, não consigo imaginar de onde vem o pedantismo de alguns "modernos" da empresa. [claro que, olhando agora de novo, vejo que existe também (e mutcho) o pedantismo que vem de fora, o meu pedantismo, que se baseia no achismo do pedantismo alheio e é tão ruim quanto: tem gente muitissíssimo legal por ali]. mas isso não serve prá nada: o que quero dizer mesmo é que a empresa é firmão - ão, ão, ão - qualquer como qualquer outra, com seus mecanismos iguais, a mega-burocracia igual, a mesma história igual. e a mesma jurassiquiedade igual.
mas é que, lá dentro, a história muda um pouco. quando se chega no nível menor de todos, aí muda. a gente tem pessoas especialíssimas e situações que ficam guardadas com carinho. como o alceu [prêmio do chefe mais fofo e querido da década] empolgado com o projeto novo, as piadas da milena, os estudos [taaantos], os projetos, os novos ilustradores [eles sempre tão empolgados quanto a gente], a mudança. até mesmo a reunião de pauta [uurgh!]. até mesmo a reunião de conteúdo mobile [ok, ok, essa tem um plus], até mesmo ir encontrar um muro para ser o fundo de uma matéria, ter que achar uma carta xis, descobrir o que significa a sigla Y, ter o cardápio do almoço no site, ficar presa na escada de incêndio (ops, contei), entre tantas outras histórias (são tantas já, mesmo com dois meses só).
tenho conhecido pessoas importantes. e têm acontecido coisas importantes. a primeira prioridade que pesei quando decidi entrar na firrrrma - com todas as implicações que isso teria (como ficar matutando sempre se não devia esperar um pouco mais antes de assumir o corporate) - realmente não foi profissional. com toda a carga emocional pesadíssima com que minhas costas estavam lidando naquela época, a única coisa que não podia fazer era ficar em casa sozinha amargurando mais. e trabalhar na firma tem isso mesmo: cada dia uma história, uma pessoa, uma situação - já falei-; e todas elas impagáveis. desde os vários cafés por dia - e o amadurecimento da história, não do café -, passando pelos famosos histéricos até mesmo os encontros inevitáveis.
misturado com isso tudo, vou me acostumando cada vez mais também profissionalmente ao lugar onde estou (não é nem um pouco difícil) e às coisas que estou fazendo. e, acredite, ser designer na revista é beeem diferente do designer de um escritório de design.
dá medo? ô, se dá. assinar contratos sempre dá medo: são vínculos, compromissos. mas são exatamente isso também: vínculos, compromissos. e, por um outro lado, não é isso também isso o que a gente quer?
1 comment:
Já que vc sabe como é dura essa vida nos meios de comunicação e como os ''focas'' sofrem...primeira oportunidade de estágio que pintar por aí eu tô na fila tá???
Beejo gatona
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