eu e minha boca grande
(ou conversa de elevador)
amiga:
e aí, rê, fez o crachá?
eu, irônica:
não, tava uma puta fila. aliás, como tudo aqui, né? fila prá comer, fila prá entrar no elevador, fila pro café, fila, fila, fila. até pro xerox outro dia tinha fila. aiaiiaiaia
[amiga fazendo uma cara de 'fica quieta']
terceira pessoa xis-da-firma, se intrometendo, com um ar de 'se toca, minha filha':
poisé, né? mas que bom que tem fila, você não acha? imagina se não tem fila? se começam a despedir todo mundo? que bom que tem muita gente, né? que daí significa que você tem o seu emprego.
[amiga, olhando prá mim com uma cara de 'não responda']
eu, boba, assustada:
... éhmm... ahmm...
5 minutos depois, no msn
rê diz:
meu, quem é esta louca?
despedir dá febre diz:
então, ia te falar pra vc ficar quieta aquela hora, mas você não percebeu. ela é filha do Fulano de Tal.
rê diz:
e aí? quem diabos é Fulano de Tal?
despedir dá febre diz:
diretorzão, ão, ão do depto XXX da empresa toda! a família toda trabalha aqui.
rê diz:
puta merda. tinha que ser, né? ainda bem que eu já fiz crachá.
moral da história: lembrar-se sempre de que, quando a firrrma é grande, todo mundo no elevador é também da firma. e que, além de ser da firma, tem gente que também É da Firma. portanto, silêncio sempre no elevador da firma.
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