12 July 2006

coisas

havia muitas pra dizer, mas eu não sei nem por onde nem como começar. também não sei nem se quero. parece que o mundo/vida/astros/ar pedem um mínimo de recolhimento.

é engraçado, mas é justamente nestas de academia e seus 30 minutos solitários de esteira (equivalentes aos 45 minutos de trânsito) supostamente perdidos que eu tenho parado e pensado em causos estranhos, teorias elaboradas e pensamentos absurdos.

uma vez eu disse algo óbvio e alguém que era (é) muito importante me respondeu do outro lado da linha telefônica (e do oceano) que eu era "um gênio". mas era óbvio e desde aquele dia eu comecei a reparar nas obviedades e é justamente quando estamos olhando pro nada (ou para velhinhas simpáticas tentando alongar-se – um dos assuntos sobre o qual eu adoraria falar hoje, mas estou com sono) que estas tais idéias óbvias começam a fazer sentido e a tomar consistência argumentativa na nossa cabeça.

ia escrever algo sobre as necessidades básicas do ser humano, como todas as pessoas, não importa quem (rico, pobre, verde, amarelo) sempre precisam das mesmas coisas, por mais que tenham condições diferentes de lidar com a falta delas (sentimentos e emoções). o engraçado é que tudo foi pensado durante um banho geladinho depois de correr que eu tomei hoje, que só não foi melhor que um banho de mar que eu tomei há uns anos atrás, numa tarde de sol numa praia de água quentinha.

e blá blá blá.

mas eu hoje estou me sentindo meio esquisita e com um sentimento de exposição além da conta, meio geral, da vida. além disso eu estou ouvindo o disco do brian wilson, aquele que eu ouvi no último tim festival - é, eu sei que foi lá - e este tim festival marca um certo começo do fim de uma parte importante (importantíssima) da minha vida.

mas apesar de tudo o nome do disco é smile e eu vou parar com esta piração toda e ir pra minha cama terminar smiling de ler o meu livro. ele está quase no fim e eu ainda não decidi qual vai ser o próximo. porque eu sempre compro três de uma vez e fico torcendo para arranjar algum no meio, mas não acho e preciso sair e fazer oooutra compra. (se eu não estivesse tão dura eu não acharia tão mal assim, mas enfim, reclamar de dinheiro é outro post).

antes de terminar, eu quase me esqueço de contar que eu comprei um presente lindo pra minha sobrinha, que ela já vai fazer um ano (terça!) e que já quase anda e outro dia eu juro que ouvi ela dizendo "lê" (meio que rê, em bebenês). apesar de não escrever muito aqui, eu babo com minha sobrinha. eu babo com muitas coisas sobre as quais eu não falo aqui, como já deveria ser suposto. mas com minha sobrinha eu babo todo dia. minha luzinha clara, espertinha, fofinha, crescendinho.

uf.
uf.
uf.

(momento aperto no coração de saudade).

eu também estou pensando em trinta mil coisas ao mesmo tempo. tenho conhecido pessoas muito especiais e algumas marcam com bandeirinha. estou meio confusa. é muito sentimento e ele sempre "vareia" entre a excitação e a melancolia.

mas agora eu estou só com sono. e sem vontade de ter paciência, mesmo sabendo que nunca vou conseguir pisar em algo estável sem alguma paciência. calma, paciência, prudência.... que aula que eu perdi?

e por favor, se vocês chegaram até aqui, baixem "new friend" do the concretes e leiam tudo de novo. daí sim vai dar prá entender como eu fico meio esquisitinha em fins de noite.

1 comment:

Anonymous said...

Sacanagem! São 2h30 da manhã e estou me entregando a essa letargia melancólica depois de ouvir Concretes.. it's too late, it's too late... too late... acho que vou dormir. se cuida. bj.